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CEFE – CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE DA UFBA – REALIDADE

 

CENTRO DE REFERÊNCIA POPULAR DA CULTURA CORPORAL E DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA BAHIA - POSSIBILIDADE

 

A REALIDADE: O CEFE/UFBA foi construído no final da década de 70[1] em uma área nobre situada na Avenida Oceânica, Salvador, Bahia, época em que a UFBA expandia-se fisicamente por diversos bairros da cidade. Contou no inicio com um campo de futebol, a área de atletismo, quadras descobertas e uma construção precária contendo dois banheiros, duas salas uma copa e um almoxarifado.

Surge com o objetivo de servir de espaço para a aplicação do Decreto Lei 69.450/71 que tornava obrigatória a educação física no ensino superior, estratégia política do governo militar para atenuar a organização da juventude contrária ao regime militar que reivindicava democracia, ocupando-os com o esporte. Desde o início foi concebido sob uma ótica unilateral do esporte competitivo, olímpico. Em 1971, com a reforma educacional - Lei nº. 5692, de 11 de agosto de 1971 e com o Decreto nº. 69.450/71 a disciplina Educação Física tornou-se a única obrigatória nos três níveis de ensino.

A área do CEFE estende-se por seis hectares aproximados representando a maior extensão de terra contínua, sem construção, de Salvador. Ocorrem ali atividades esportivas diversas e aulas regulares das disciplinas técnicas do curso de educação física. Estima-se que aproximadamente 300 pessoas freqüentam o CEFE semanalmente.

Ao longo dos anos depois de sua construção não ocorreu no CEFE nenhuma grande obra estrutural. As instalações foram se deteriorando em função da falta de verbas públicas para a manutenção e conservação. Seu estado lastimável vem sendo denunciado há décadas. Segundo Rubens Soares – administrador responsável em 1993-, o CEFE/UFBA era, naquela época, considerado um dos piores do país em função do seu estado. Isso se expressa numa reportagem publicada pelo Jornal A Tarde em 15/11/1993 onde são apontadas como principais deficiências do Centro: “1 – O centro não é cercado, facilitando a presença de inúmeras pessoas no seu interior, entre elas marginais; 2 – As instalações elétricas internas não funcionam. Existe uma instalação precária para o local não ficar às escuras; 3 – Foi colocada nova postiação, mas continua sendo usada a antiga, de maneira prestes a cair; 4 – O curso de educação física tem mais de cinco anos de funcionamento, mas não há piscina para natação; 5 – A drenagem das pistas de atletismo e salto em distância não funciona; 6 – Caixas de salto, plataforma de arremesso de peso, martelo e dardo não têm mais condições de uso; 7 – As salas de aula não têm forro e esquentam muito quando o calor é intenso. Portas e fechaduras estão em estado lastimável; 8 – A guarita foi depredada e está sem uso; 9 – O acesso ao Centro de carro é uma tortura devido aos buracos. O acesso para pedestres está tomado por terra tombada das encostas e mato”. Nessa época (1993) foi elaborado um projeto arquitetônico para a área “construção e recuperação global do centro de educação física e esporte da Universidade Federal da Bahia”, cujo órgão executor era a PCU, orçado em US$ 5.912.047,00 (cinco milhões, novecentos e doze mil e quarenta e sete dólares) que previa novas construções e recuperação das instalações existentes.  Devido ao valor da obra e outros fatores não foi levado adiante esse projeto arquitetônico para a área.

Na atualidade, observando as instalações das Universidades Públicas do Brasil, no que diz respeito a área de educação física, esporte e lazer podemos constatar que a UFBA apresenta as piores instalações do país. Esse estado lastimável do CEFE se arrastou até o ano de 2000 quando ocorreu a primeira grande reforma. Essa obra foi cercada de contradições, questionamentos, atrasos de entrega por parte da construtora. O realizado não atendeu as reivindicações dos docentes, discentes e técnico-administrativos, em relação a condições estruturais para as atividades fins da universidade a saber, o ensino-pesquisa e extensão. Tratou-se apenas de uma reforma nas quadras existentes e construção de mais duas, porém descobertas, construção de uma rampa de acesso ao campo de futebol. Esses objetivos da obra foram questionados intensamente já que o prioritário era a construção de um ginásio ou pelo menos a cobertura de duas quadras. Constatou-se mais uma vez desperdício de verbas públicas e mau direcionamento das prioridades na elaboração do projeto arquitetônico de tal obra de reforma. Ao longo dos anos, foram sendo observadas as incvoerencias e inconsistências de planos, projetos e programas desenvolvidos no CEFE. Foi observado a incoerência dos projetos arquitetônicos no que se refere a funcionalidade deste espaço  e  a ausência de responsabilidades na fiscalização de obras, o que reflete nos resultados como: projetos inacabados, má utilização  das verbas e a construção de aparelhos e espaços inadequados ao ensino-pesquisa e extensão.

Por deliberação do Pleno do Departamento de Educação Física, em reunião realizada em 05 de abril de 2004, onde foi pautada e debatida a situação do Centro de Esporte, foi encaminhando um documento as autoridades constituídas, a comunidade universitária e em geral, do qual constaram: 1. a situação do Centro de Esporte da UFBA; 2. os desafios; 3. a proposta para expressar no plano arquitetônico o projeto político pedagógico (PPP) do Departamento e do Curso de Educação Física da FACED/UFBA do qual constava – reestruturação do curso diurno de educação física; abertura do curso noturno; abertura de um programa de pós-graduação em educação física; construção do complexo arquitetônico do CEFE.

Por deliberação da Congregação da FACULDADE DE EDUCAÇÃO (FACED/UFBA) em junho de 2008, a Educação Física deverá apresentar sua definição em relação a saída da FACED sua nova localização e seus planos – Plano diretor, Plano de desenvolvimento institucional e Projeto político pedagógico. Isto deverá ser encaminhado para aprovação nos órgãos superiores da UFBA.

         A POSSIBILIDADE. Existem sim condições objetivas para que a UFBA, juntamente com os órgãos públicos municipais, estadual e federal ofereça a população do município, do estado e da região nordestina, e por que não aos pais e a América latina, um espaço público altamente educativo no âmbito do lazer, da saúde, do entretenimento, da educação e do treino e das competições de alto rendimento. A reivindicação principal detectada ao longo dos anos, por parte de professores, estudantes e técnico-administrativos é que o espaço do CEFE se convertesse em um espaço de formação, um espaço educativo, um espaço pedagógico. Outra reivindicação é que o CEFE se convertesse em um centro de referência popular da cultura corporal e esportiva e de formação de professores da Bahia poderá, a ser construído e consolidado por etapas, com alta qualidade, de acordo com os recursos a serem captados valorizando assim, cada etapa construída e o emprego de verbas públicas para os interesses da população da região.

         A importância pedagógica do CEFE vem sendo discutida no decorrer de sua história. Isso pode ser identificado através dos documentos elaborados por estudantes, departamento, professores, grupo de pesquisa, técnico-administrativos e movimentos sociais. No ínterim entre as reformas em 2000 até a presente data um longo processo de desenvolvimento e consolidação da área de educação física vem ocorrendo, com a contratação de novos professores, instalação de grupos e de capacidade de pesquisa, inserção na pós-graduação em educação, criação de um programa próprio de mestrado, cursos de especialização, aprovação da reestruturação curricular e aprovação para a abertura de um curso noturno de educação física. A produção do conhecimento da área se expande, programas e projetos são implementados e reconhecesse as condições objetivas para a saída da educação física da Faculdade de Educação. Esta indicação vem a partir das discussões sobre reestruturação curricular, aprovada definitivamente no ano de 2007 e consolidada em reunião de congregação no ano de 2008.

         Trata-se agora de apresentar as instâncias superiores da UFBA para as devidas aprovações, o Plano de Desenvolvimento Institucional da área, o Plano Diretor e o Projeto Político Pedagógico da nova unidade – Centro, Instituto, Faculdade, Escola de Educação Física/Ciências do Esporte. Faz-se necessário a consolidação da relação entre os responsáveis técnicos da elaboração do projeto (arquitetos e engenheiros), e os responsáveis pelo projeto político pedagógico (professores pesquisadores da área e a comunidade acadêmica em geral), para avançarmos  no que pode ser concretizado observando-se princípios fundamentais de uma construção de caráter cultural, político pedagógico que deve servir a todos. 

         Partindo das necessidades político pedagógicas surge um grande espaço que marcará a história da cultura corporal brasileira, onde existirá: a Faculdade de Educação Física e todo o complexo multifuncional que atenderá de forma direta a formação de professores, de crianças jovens e adultos, atendendo a todas as necessidades das pessoas no âmbito das atividades físicas e da cultura corporal em geral, através dos projetos de ensino, pesquisa, extensão, atividades fins da universidade, com qualidade socialmente referenciada.

Além das contribuições diretas na UFBA, esse Centro acrescentará a cidade de Salvador um aparelho poli-esportivo, recreativo, salutar, educativo e de lazer que deverá conter o único ginásio coberto com dimensões oficiais e o único centro de atletismo oficial da Bahia com a característica de ser multifuncional e estar voltado PARA TODOS..

Tal complexo esportivo deverá conter instalações multifuncional para atividades corporais e esportivas que atendam as necessidades humanas, desde a educação infantil até a educação rural e interiorana, bem como, que se relacionem aos campos de trabalho do profissional de educação física, em expansão, que fazem interface com educação, lazer, turismo, artes, saúde, direito, comunicação, desporto competitivo de alto rendimento, entre outras.

Este complexo deverá conter além de salas de aulas, auditórios, laboratórios para equipes miltidisciplinares, alojamentos, banheiros, espaços para refeições, ginásio multifuncional, gabinete médico-odontológico, nutricional, psicológico, fisioterapeutico,  parque aquático multifuncional, campos de atletismos, campos de esporte individual e coletivos, espaços para esporte para todos. 

Tal projeto arquitetônico contará com assessoria internacional do professor Jurgen Dieckert, da Universidade de Oldenburg, Alemanha, professor doutor honorifico da UFBA, especialista em Esporte Para Todos  e em Construção de Projetos e Instalações Esportivas bem como com o professor dr. Reiner Hildebrandt-Stramann da Universidade de Braschweg/Alemanha, na área de currículo e formação de professores de educação física.

A construção do complexo arquitetônico esportivo da UFBA deverá contar com um esforço integrado entre governos federal, estadual e municipal, e ainda, com colaboração internacional, vez que beneficiará a toda a região com um complexo esportivo a partir do qual serão formados profissionais, será produzido conhecimento cientifico, serão iniciadas e treinadas equipes e será atendida a comunidade em geral em suas múltiplas necessidades referentes às atividades corporais & esportivas.

Tal complexo arquitetônico permitirá que a UFBA seja reconhecida como uma universidade que tem como um de seus principais eixos articuladores de conhecimentos, de formação, de valores o campo da cultura corporal & esportiva, a cultura do movimentar-se, a cultura do esporte para todos, portanto, um CENTRO DE REFERENCIA, não só para  a região nordestina, mas para o Brasil.

Para alteramos essencialmente as condições do CEFE necessitamos adequá-lo para que todos tenham acesso as suas instalações. Desta forma faz-se necessário definir prioridades e cronograma de construção do projeto.

         1. Prioridades e justificativas.

1.1       – Instalações para a Faculdade de Educação Física Com salas de aulas, laboratórios, auditórios e demais espaços próprios para as atividades fins da área – ensino-pesquisa-extensão.

1.2       Estádio de Futebol e Centro de Atletismo;

Recuperação do campo de futebol, construção do complexo de atletismo com dimensões e materiais oficiais visto já existirem estas instalações preliminares instaladas. Construção de arquibancadas ao redor do estádio que possam conter salas, alojamentos, refeitórios, laboratórios e vestiários. 

1.3       – Ginásio Multifuncional;

Construção do ginásio com arquibancadas, vestiários e espaço extra para salas, laboratórios e guardar aparelhos. Caracterização: quadra poliesportiva com dimensões, piso e aparelhos  oficiais, multifuncionais.

1.4       – Cobertura das quadras poliesportivas;

Construção de cobertura e recuperação do piso das quadras poliesportivas  não- oficiais.

1.5       – Parque aquático;

Construção de piscinas polit-esportiva com dimensões oficiais para atividades de caráter educativo, recreativo, de saúde, lazer e treinamento.

1.6       – Tenda  circense;

Construção da Tenda para atividades culturais recreativas em geral.

1.7       – Centro de convivência;

Com áreas de convivência em geral com estrutura para tal.

 

CRONOGRAMA

 

1º passo

Planos gerais conjunto PD, PDI, PPP – 2008

2º passo

Previsão orçamentária e alocação de recursos – 2008-2009.

3º passo

Implementação do projeto arquitetônico 2009-2010

4º passo

Acompanhamento das obras 2009-2010

5º passo

Inauguração 2010

6º passo

Implementação do conjunto de propostas para o ensino pesquisa e extensão do CEFE 2010 em diante.

 

A POPULAÇÃO DA UFBA, DE SALVADOR, DA BAHIA, DO NORDESTE BRASILEIRO MERECEM ESTE CENTRO DE REFERÊNCIA POPULAR DA CULTURA CORPORAL ESPORTIVA E DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES.

 

 

REFERÊNCIAS

 

  • - ARAGÃO, Wellington M.de. Sugestões para o Centro de Esportes da UFBA. – 1996.
  • - D.A.E.F./ UFBA. Relatório da Ocupação Itinerante do Centro Esporte e de Educação Física da UFBA. – 2004.
  • - Governo do Estado de Pernambuco. Prefeitura Municipal de recife. Prefeitura Municipal de Olinda. Pernambuco na Copa de 2014. Recife PE: 2007.
  • - LEIRO, Augusto César. Lazer e educação nos parques públicos de Salvador: encontro de sujeitos em espaços de cidadania. Dissertação (Mestrado) FACED/UFBA. Programa de Pós-Graduação em Educação, 2001.
  • - LEPEL. Centro de Esporte da UFBA: Da realidade atual a possibilidade do Centro de referência da cultura corporal e esportiva. – 2004.
  • - LEPEL. Centro de Referência da Cultura Corporal e Esportiva e de Lazer da Bahia: a expressão arquitetônica do projeto político pedagógico da UFBA e do MST na perspectiva da atividade esportiva  e de Lazer para todos. – 2004.
  • - LEPEL. O jogo no projeto de revalorização do Centro de Educação Física da UFBA: uma prática social e pedagógica. – 2000.
  • - LEPEL. Projeto “Revalorização do Centro de Educação Física da UFBA: Práticas corporais e esportivas com crianças e jovens em situação de risco pessoal e social no meio urbano e suas repercussões”. – 2000.
  • - KOCH, Jürgen; DIECKERT, Jürgen; THIELEBEIN-POHL, Ralf. Zukunftsmodell Turn-Mehrzweckhallen. Orientierungshandbuch für eine nachhaltige Sporthallenentwichlung. München/Deutchland. Deutscher Turner-Bund. 2003.
  • - POLILLO, Bruno Pinto. Complexo Esportivo da UFBA. – 1999.
  • - PREFEITURA DO CAMPUS UNIVERSITÁRIO/ UFBA. Planta Geral do CEFE. 2000.
  • - PREFEITURA DO CAMPUS UNIVERSITÁRIO/ UFBA. Projeto “Construção e recuperação global do Centro de Esporte e Educação Física da UFBA”. – 1993.
  • - PREFEITURA DO CAMPUS UNIVERSITÁRIO/ UFBA. Proposta para revitalização do projeto alternativo do Centro de Esporte e Educação Física da UFBA. – 1994.
  • - ROSSO, Silvana. Centro de Educação Física  e esporte da Universidade federal da Bahia. (CEFE/UFBA) Centro de referência Popular da Cultura Corporal e da Formação de Professores da Bahia: Realidade e possibilidade de um espaço público. Salvador/BA: Dissertação (Mestrado) Programa de Pós Graduação em Educação da FACED UFBA, 2007.
  • - TAFFAREL, Celi. Faculdade de educação física da UFBA. http://www.faced.ufba.br/rascunho_digital/ Acesso em 09/09/2008.
  • - TAFFAREL. Celi. O esporte na UFBA. Centro de Esportes na UFBA. http://www.faced.ufba.br/rascunho_digital/. Acesso em 09/09/08.

[1] Documentos oficiais não esclarecem o ano de inicio das obras nem o ano do término da mesma. Em anexo fotos do terreno antes da construção, do aterro, das obras e do final das obras.


Avenida Oceânica - Ondina - Salvador - Bahia - Brasil 


Responsável: Aracele Cunha - aracele@ufba.br